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Entrevistas a Dirigentes Sindicais

Dona Elisa Pinto – Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública

P: Quais são os artigos que mais afectam a classe trabalhadora?

R: A contratação deixa de existir e os despedimentos passam a ser como o patrão quiser.

P: Sempre é definitivo a proposta das 65h semanais de trabalho?

R: Não, a proposta ainda está a ser revista a nível Europeu.

P: No novo Código do Trabalho continua a existir a contratação colectiva?

R: Com o novo código deixa de existir.

P: Com o novo Código do Trabalho o Patronato tem mais facilidade de despedimento?

R: Ninguém tem um emprego estável, eles empregam e despedem consoante o que lhes dá mais jeito.

Senhor José Fernando – União de Sindicatos de Leiria

P: Quais são os artigos que mais afectam a classe trabalhadora?

R: O horário de trabalho, a inaptidão, a proposta das 60 ou 65 horas de trabalho semanais, não darem formação aos trabalhadores.

P: Com o novo Código do Trabalho, quais são as novas implicações para os trabalhadores?

R: Perdem-se os fins-de-semana livres e aumentam-se as horas de trabalho. As horas extra deixam de ser remuneradas, o patronato tem permissão para despedir o trabalhador sem justa causa. Deixam de existir as regalias dos trabalhadores de vários sectores.

Passa a ser permitido toda e qualquer mobilidade do trabalhador. Aumenta a precariedade e deixam de haver vínculos laborais.

P: Com o novo Código do Trabalho o Patronato tem mais facilidade de despedimento?

R: O Patronato tem toda e qualquer facilidade de despedimento.

P: Como Dirigente Sindical há muitos anos e ao longo destes 34 anos depois do 25 de Abril, alguma vez pensava que Portugal pudesse chegar a esta situação de crise geral para os trabalhadores?

R: Não, era proposto um futuro digno com direitos e facilidades para os trabalhadores. Era proposto uma vida nova digna sem escravidão e ditadura.

P: Como pensa que é possível contornar a actual crise?

R: Com a luta, com novas medidas, inovadoras e que defendam os trabalhadores porque a crise não é para todos é só para os trabalhadores.


Julho 2008

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