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Entrevista ao Músico, Compositor e Letrista Carlos Martins

Quando é que começaste a tocar e a cantar?

Comecei a cantar e a tocar pianos aos 6 anos.

Aprendeste sozinho a tocar viola ou alguém te deu dicas ou aulas?

Viola foi sozinho, tive aulas de piano até aos 15 anos.

Os Ease foram o teu primeiro projecto musical?

Não, a minha 1ª banda chamava-se Processo 13, tinha 16 anos.

Com que idade é que te apercebeste que querias fazer da música e das artes profissão? Foi uma decisão que foi surgindo ou tomaste-a de repente?

Foi surgindo. Percebi que seria a minha vida há muito tempo mas não sabia como.

É fácil para ti viver da música?

Não, é inseguro mas faz parte.

Para além d’ A Caruma, tens mais algum projecto?

Neste momento estou focado na Caruma.

Qual foi o projecto mais importante para ti até agora? O que é que aprendeste com cada um deles? E o que te deu mais gozo fazer?

Todos são importantes de formas diferentes e todos ensinam e satisfazem de formas diferentes, vamos crescendo dessa maneira.

Tens ideia de quantos concertos já deste? Quais foram os mais memoráveis?

Não... Mas foram muitos e memoráveis também, demasiados para mencionar todos. Os concertos no extinto Metro na Marinha Grande foram todos memoráveis, nos anos 90.

E por quantas cidades, terras, palcos e festivais já passaste?

Não faço mesmo ideia...

Quando escreveste as letras das músicas que hoje fazem parte do primeiro álbum d’ A Caruma imaginavas que poderiam passar nas melhores rádios nacionais, em programas como o Top +, nas Fnacs, nos palcos de todo o país, nas semanas do caloiro? E que iam ter este enorme sucesso?

Não acho que tenhamos tido um enorme sucesso, acho que fomos bem recebidos no panorama nacional. Não imaginava nada disto mas sinto-me muito grato pelas canções chegarem a mais pessoas.

Como e quando é que conheceste a Ana Leorne? E como é que surgiu a banda The Clits? E para quando novas músicas e novos concertos?

Conhecia-a em palmela num concerto em 2004, veremos o que acontecerá no futuro.

Gostaste de ver uma música dos The Clits no filme «Até Onde» de Carlos M. Barros?

A música a que te referes chama-se “Such a good deed” e é de Umpletrue, a voz é da Ana. E gostei.

O que sentiste quando soubeste que a banda The Clits tinha sido seleccionada para o projecto “Original’s 501” da Levis para irem a Barcelona dar concertos e entrevistas?

Orgulho e gostei da viagem à borla!

“Não interessa o que é que tu fazes, interessa aquilo que não consegues deixar de fazer, que é música” Quando é que criaste esta frase, como é que surgiu e em que situações é que costumas mencioná-la?

Essa frase faz-me pensar na essência das pessoas. Penso nela muitas vezes. Não sei quando pensei nela a 1ª vez mas vivo ao “abrigo” dela.

De todas as bandas que admiras, com qual delas é que gostavas de fazer um concerto?

Neste momento com a cantautora Sharon Van Etten.

Como é que é o teu processo de escrita? De onde te vem essa inspiração toda?

Escrevo porque divirto-me a fazê-lo, sinto que quero dizer coisas, de onde vem não sei...

Nas bandas por onde passaste sempre foste tu o compositor das letras ou havia mais alguém a escrever?

Estive em 2 bandas em que não fui nem o compositor nem o letrista. Processo 13 e Zedisanenolight

Para além de escreveres letras, escreves mais alguma coisa?

De vez em quando escrevo textos, quando preciso de me orientar.

Tens alguma letra que que esteja guardada na gaveta?

Sim, várias.

Para escreveres precisas de estar nalgum local especial?

Não, acontece em todo o lado. A maior parte das vezes quando estou a conduzir ou no banho, não sei porquê.

Quais são as tuas principais influências musicais?

Muitas... Variações, Amália, Zeca Afonso...

Que objectivos é que tens para a tua carreira musical? E fora da música, que objectivos tens?

O único objectivo que tenho é escrever, o resto são pormenores que têm de ser resolvidos.

Quando é que entraste para a Cisco associação? Que trabalhos tens desenvolvido nessa associação?

Entrei em 2005 e neste momento não tenho tempo para desenvolver projectos lá mas a Cisco continua com força.

Tens alguma história marcante das tuas viagens e dos concertos que queiras contar?

Gosto de ver na cara das pessoas que se identificam com o que estou a dizer. Assim histórias marcantes... não.

Costumas receber criticas positivas? E negativas?

Sim, das duas qualidades. Gosto de ouvir o que as pessoas têm para dizer quer sejam coisas más ou boas.

Quais eram os teus sonhos de criança e de jovem? Concretizaste-os?

Não tinha grandes sonhos, fazia bodyboard e jogava à bola, não queria muito mais do que isso. Lembro-me que gostava de ser enfermeiro e talvez hoje fosse isso se não fosse músico.

Com os Zé Pedro dos Xutos chegaram a ser convidados para tocar na Festa do Avante mas não puderam actuar nesse ano. Podes contar como foi? E como foi actuar nas duas edições seguintes na Festa do Avante?

No 1º ano choveu muito e com pena nossa não houve concerto, nos outros anos foi uma festa muito engraçada, adorei!

Com os Umpletrue ganharam o Festival de Palmela, foram finalistas do Termómetro Unplugged e lançaram um álbum pela Editora Cobra. Foram marcos importantes para o percurso da banda?

Sim, principalmente a edição, é importante deixar um registo para o futuro.

Na maioria dos projectos em que estiveste, o baterista Zé Carlos também esteve. Existe grande cumplicidade musical entre vocês? Quando é que percebeste que o trabalho do Zé se encaixava perfeitamente nos teus projectos? Quando é que o conheceste? E como é que surgiram os convites para ele fazer parte dos projectos?

Conheço-o desde que ele nasceu, é um grande baterista e por isso faz sentido tocarmos juntos até porque somos grandes amigos.

O que é mais importante para ti, ganhar um concurso ou fazer um espectáculo que esteja cheio de público?

Fazer um espectáculo. Não gosto de concursos e arrependo-me de ter entrado em alguns.

Admiro a genialidade das tuas composições, da tua escrita e a tua enorme persistência.

Obrigado, votos de sucesso e continuação de um bom trabalho.

Muito obrigado pelo teu tempo

Projecto Vidas e Obras

Entrevista: Pedro Marques Correcção: Nuno Russo

10 de Julho de 2011

10 de Julho de 2011

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